Nem tão longe

nem tão perto, apenas presente.



Toda noite, antes de dormir eu peço a Deus: 'Guarde para mim o que é meu. E me ilumine para ser aquilo que tiver que ser.' No entanto isso, não me exime da culpa de ter que amanhã lutar novamente por tudo que desejo realmente ser. E nesse instante aumento o volume do rádio, viro para o lado e reluto até o sono vir.
Assim, começa uma viagem às mais profundas realidades. Antes de dormir, de fato, componho várias músicas. Fico pensando as histórias que ainda não aconteceram como uma forma de entender as histórias que querem dizer mais. As músicas que fiz nesse período pré-sono
raramente vão para o papel. Vão direto para o silêncio do meu dizer. E ali o encanto se quebra. Pois penso que amanhã terei novamente que lutar pelas mesmas coisas.
O forte e grande sonhador se torna no mero espectador da perda de consciência do sono. E por pensar tanto nisso,perco o sono vez que outra. Para que mesmo que se dorme? Descanso? Não, não. Durmo mesmo para que tenha a certeza que o encanto da guerra acaba a cada noite. E que quando eu acordar com uma mera palavra o encanto renasce. E a luta renasce.
Ser forte, de fato e de direito, é uma missão o quanto injusta, pois o que mais preciso é dormir até
mais tarde um pouco, para esquecer o quão cruel é a guerra. Paz? Essa guardei para o final. O encanto quebrado toda noite ressurge como um sonho a cada preocupação desfeita. Ou até mesmo sobre cada parte não obtusa de um diálogo mal entendido. Das canções que faço toda noite, poucas foram para o papel, mas a maioria delas regem o dia seguinte. A paz? Essa guardo para o final como um canto de ação de graças. Não obstante e sem titubeios, faço renascer a cada novo amanhecer o encanto quebrado no sono da noite anterior para que esse me de paz para a próxima batalha.

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